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Substituição de Gestores: A sucessão empresarial no laboratório


Você sabia que apenas um terço das sucessões empresariais dão certo?

Todo o laboratório que sobrevive ao mercado competitivo e se mantém por longos anos servindo à sociedade vai passar por uma sucessão empresarial. Grande parte dessa movimentação está acontecendo no presente momento e, na maioria das vezes, entre familiares, e isso, sem o devido preparo, pode levar o laboratório a fechar as portas.

O cenário do laboratório que começou com o avô, passou para o pai/mãe e agora está sendo transferido para os filhos(as) não é tão incomum, bem como as diversas aquisições entre laboratórios que estamos observando no mercado. Em nossa pauta de hoje, levantaremos pontos importantes para atentar na hora de fazer essa transição tão importante para que o laboratório obtenha êxito na troca.

Se você pretende se tornar gestor de um laboratório um dia, ou, ainda, planeja fazer a sucessão do seu laboratório em médio e longo prazo, esse post é para você.

O que é uma sucessão empresarial?

A sucessão empresarial é o ritual de transferência em que o poder e o capital do laboratório são passados de uma geração (pais/avós) ou grupo de sócios para a próxima geração (filhos/netos) ou para outro grupo de sócios (quando um laboratório compra o outro).

Os pontos que levantaremos a seguir podem ser utilizados para ambos os casos, mas priorizamos o conteúdo para sucessões de ordem familiar, que estão presentes na maioria das transições entre pequenos e médios laboratórios.

A sucessão empresarial possui obrigações normativas e implicações de ordem jurídica e deve ser praticada sempre com o auxílio de um profissional jurídico com experiência na área, mesmo que esta ocorra entre familiares. Quando ocorre a sucessão de fato, o sucessor não somente vai adquirir os bens do antigo dono, mas como também suas dívidas, inclusive as obrigações trabalhistas.

Qual é o momento certo para começar uma sucessão empresarial?

O comum é que a sucessão ocorra quando o atual dono do laboratório entende que está na hora retirar-se do mercado (aposentar-se), e passar, na sequência, os negócios para a próxima geração. No entanto, realizar uma sucessão empresarial não ocorre do dia para a noite, e esse erro contribui, e muito, para a falha da sucessão, por dois motivos:

1. O plano de sucessão leva tempo. Ele deve ser planejado e alinhado com o planejamento estratégico do laboratório, e o sucessor e o laboratório (equipe, clientes, fornecedores, etc) devem ser preparados para a substituição.

2. O plano de sucessão também é o plano B para caso algo grave aconteça com a direção atual (morte, doença grave e/ou invalidez), então mesmo que você não pense em se aposentar agora, é importante ter em mente que um plano de sucessão pode manter o seu laboratório operando sem grandes prejuízos para seus herdeiros se você acabar em maus lençóis.

Uma vez que você iniciar o seu plano de sucessão empresarial, deve ter em mente que a próxima geração deve possuir uma combinação de saber esperar, estar pronto para assumir e começar, de certa forma, a ser bom nisso, antes mesmo de assumir.

Por que, às vezes, presenciamos muitas desavenças na sucessão empresarial familiar?

De um lado, temos o atual dono, um gestor com experiência e capacidade para conduzir um negócio laboratorial (tanto que o laboratório está perdurando sem dívidas impagáveis) e, do outro, um sucessor mais novo, em muitas vezes com formação e experiência de bancada, porém leigo em termos de gestão. Para ambos os lados, deixamos alguns pontos para refletir:

Para o sucessor:

Por mais boa vontade e grandes ideias que você tenha para o laboratório que você irá assumir, entenda que dirigir um negócio não é um mar de rosas e qualquer decisão que seja tomada sem avaliar todos os aspectos do laboratório pode terminar mal, por menor e mais banal que seja. O atual dono tem experiência e por mais que ele cometa deslizes ou despreze pontos que você acredita serem importantes, ele conduziu o laboratório por anos a fio no mercado, passou por bons e maus bocados, e possivelmente tem algum motivo para não fazer o que você diz de primeira.

Faz parte do papel do gestor de negócios entender as regras do negócio, esperar pela hora certa, lidar com objeções e ser persuasivo na hora de conduzir o laboratório em direção a objetivos maiores, portanto, ao invés de reclamar ou culpar a atual direção pelo que está acontecendo, procure entender as objeções e formas de provar que seu ponto está certo. Pode ser que nesse meio caminho você descubra que seu plano era furada e/ou que existe uma solução muito melhor.

Não seja ansioso, prove que você tem maturidade para assumir o negócio através da paciência, dedicação e muito estudo.

Para o dono:

Escolha bem seu potencial substituto, pois se ele não tem experiência e/ou vocação para a gestão necessária, ele precisa ser desenvolvido e a única pessoa capaz de desenvolvê-lo, se você quiser sucesso na sucessão, é você mesmo.

Ao invés de boicotar as ideias que ele está lhe apresentando logo de começo, estimule que o sucessor apresente soluções para problemas pré-existentes no laboratório. Se a solução for boa, auxilie-o a desenvolver o plano e colocá-lo em prática. Se a solução for ruim, mostre quais são os pontos positivos (isso é importante para manter a pessoa motivada) e apresente as objeções para os pontos negativos.

Não desista tão rápido de uma sucessão empresarial. Como falamos, ela leva tempo e deve ser planejada com anos de antecedência, o que significa que os resultados também vão levar tempo para acontecer.

Não seja tão rigoroso com seu sucessor, ele precisa de tempo e de um ambiente favorável para seu desenvolvimento, portanto não centralize tudo em você e delegue e supervisione, na medida do possível, suas tarefas para que o mesmo desenvolva as habilidades necessárias para tomar sua posição.

Por fim, como eu crio um plano de sucessão de sucesso para o meu laboratório?

Elencamos algumas dicas para a montagem de um plano de sucessão, mas sempre vale salientar que se o gestor ou o sucessor não tem experiência nisso, talvez seja interessante contratar ajuda profissional.

1. Planeje com antecedência

Para o Dono Três, quatro, cinco anos. Quanto mais cedo você pensar, mais tempo você terá para escolher o sucessor e preparar o laboratório para a troca. Não espere para fazer isso quando você já estiver cansado e pronto para se aposentar, pois é possível que você não tenha energia e nem paciência para lidar com as adversidades da troca.

Documente desde cedo seus processos, experiências importantes e informações que você considere importantes para se passar adiante. Isso pode facilitar o aprendizado e potencializar o processo de mudança.

Para o Sucessor

Se você pretende assumir a gestão de um laboratório, estude gestão desde cedo. Em muitos casos a faculdade não nos fornece subsídios para assumir uma gestão laboratorial e encontrar cursos profissionalizantes adequados para essa realidade leva tempo, além de envolver diversas áreas como administrativo, financeiro, rh, contabilidade, marketing, entre outros.

A gestão é um conhecimento que se leva para a vida e serve como apoio para tomar as mais diversas decisões no âmbito profissional e pessoal, portanto nunca é bom deixar para aprender depois.

2. Estabeleça metas e objetivos

Para o Dono: Sem objetivos e metas definidas, qualquer caminho é um caminho possível (até mesmo o fracasso). As metas devem ser razoáveis e possíveis, de forma a não sobrecarregar você, o sucessor e a equipe do laboratório. Nós ensinamos como estipular metas aqui.

Para o Sucessor: Se você deseja assumir a gestão, estipule metas de desenvolvimento pessoal e profissional, envolvendo estudos e tarefas, mesmo que ninguém lhe fale nada. Quanto mais preparado você estiver, menores serão os riscos de fracassar na sucessão.

3. Inclua o sucessor no processo de decisão

Para o Dono:

Determine a importância do envolvimento familiar contínuo na liderança e propriedade da empresa, mas nunca desconsidere a opção de contratar um gestor profissional, ou ainda em fazer a sucessão para um profissional do laboratório que você entenda ser qualificado, pois é possível que seu sucessor não esteja interessado em pegar sua função e tenha medo de lhe dizer isso.

Para o Sucessor: Procure participar das reuniões de planejamento estratégico do laboratório. No começo, evite falar tanto e procure ouvir mais, até mesmo os colaboradores abaixo do processo de gestão. Os gestores profissionais estão sempre atentos aos detalhes, e sabem a hora de escutar e de opinar. Falar sem propriedade pode estragar sua reputação (que mal começou neste caso!)

Se você não tem interesse em assumir o negócio, seja claro, desde o começo! Não deixe para a última hora, pois deixará toda a equipe a ver navios.

4. Comunique a equipe e escolha aliados

Para o Dono: Os colaboradores do laboratório também são interessados neste processo de troca e precisam ficar a par do que está acontecendo (no momento certo, é claro). Escolha os colaboradores mais importantes no processo de decisão para acompanhar a sucessão e auxiliá-lo a passar o conhecimento para o sucessor.

O relacionamento é um fator decisivo no sucesso do processo de sucessão, que não deve ser súbito (colocar alguém despreparado logo de cara para uma posição de gestor pode causar desconforto e a sensação de inferioridade entre os profissionais do laboratório).

Você é o gestor e a decisão final lhe pertence, mas é sempre muito importante incluir e ouvir seus colaboradores. Somente dessa forma você construirá uma equipe pronta para ajudar a desenvolver seu sucessor e defender seu laboratório de possíveis fracassos com unhas e dentes.

Para o Sucessor: Mesmo que você já tenha experiência com gestão e conheça o laboratório como a palma da sua mão, é importante respeitar a equipe. Não seja arrogante, prepotente ou acredite que sabe tudo logo de cara. Os colaboradores saberão mais do que você sobre as particularidades das funções que eles desempenham, portanto são peças chaves, e não inimigos.

Construa a sua autoridade, ao invés de impor, e seus resultados serão muito melhores.

5. Faça o plano de antecipação

Pense no que pior pode de acontecer, para ambos os lados (dono e sucessor), durante a sucessão empresarial, e desenvolva soluções alternativas para isso. A preparação pode estancar problemas antes que aconteçam ou resolva a situação antes que ela cause algum prejuízo.

6. Integre o plano de sucessão com o planejamento estratégico do laboratório

O planejamento de sucessão provavelmente refletirá em ajustes no plano de negócios do laboratório. O sucessor deve participar deste processo, pois ajudará na transição de sua empresa e no estabelecimento de metas futuras. Essa é única forma de fazer com que os dois planos caminhem no mesmo sentido e com os mesmos resultados positivos.

7. Faça acontecer

Um plano de sucessão por si só é inútil. Ele precisa ser traduzido em planos de ação concretos, com metas mensuráveis, cronogramas especificados e pessoas responsáveis. Além disso, a implementação da sucessão precisa ser monitorada continuamente, avaliada de forma contínua e ajustada para eventos inesperados (plano de antecipação funciona muito bem aqui) para garantir seu sucesso. Tempo, dedicação e coerência são as chaves.

E quando saber quando acabou o plano de sucessão?

É possível que o gestor queira continuar avaliando seu sucessor depois de entregar as rédeas, ou ainda continuar investido no laboratório e ir se desligando gradualmente à medida que os lucros ou as receitas do laboratório aumentam. Qualquer que seja a forma de desligamento, deve estar claro no plano de sucessão para as duas partes quando a sucessão estiver completa.

A sucessão empresarial no laboratório pode ser assustadora à primeira vista, mas se realizada com a devida cautela e compromisso, ela pode trazer maiores ganhos e oportunidades para o laboratório. Se você já passou pelo processo de sucessão, conte para a gente como foi sua experiência!

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