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Integrando Inteligência Artificial na Rotina dos Laboratórios




Não há como negar. Na vida diária, a inteligência artificial (IA) já é uma constante. Ela orienta nossos caminhos via GPS, utiliza algoritmos para moldar nossas interações em redes sociais, personaliza nossa experiência em plataformas de streaming e está presente, de várias formas, até nos assistentes dos smartphones. Assim, seria de estranhar se no setor da saúde essa presença não viesse ganhando cada vez mais espaço, desde os equipamentos técnicos de alta precisão até no suporte às mais diversas tarefas administrativas. 


Segundo o Dr. Marcos Kneip Fleury, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Análises Clínicas - SBAC, a capacidade conhecida como “machine learning” foi o maior avanço recente em termos da AI aplicada aos equipamentos de análises laboratoriais. “Antes a máquina não conseguia aprender, você não podia introduzir novas informações nela. Agora você pode”, conta ele. “Se a máquina fizer a identificação de uma célula, e você discordar dessa identificação, a máquina pergunta se você quer modificar as configurações dela e adotar a nova classificação. Você confirma, e ela passa identificar a célula, daquele momento em diante, da forma como você classificou”.  


Para Fleury, outro exemplo de avanço significativo da IA, e que era impossível até bem pouco tempo atrás, é a autonomia da própria máquina decidir qual metodologia usar. “Alguns equipamentos têm duas ou três tecnologias disponíveis para fazer uma contagem de partículas. Dependendo da quantidade de partículas que aquela amostra apresentar, a máquina decide sozinha a metodologia mais precisa, se vai ser a óptica laser, se vai ser a fluorescência, etc. Além disso, ela pode decidir fazer a contagem numa amostragem maior, para ter um resultado mais fidedigno. São avanços importantes”.



Dr. Marcos Kneip Fleury, Vice-Presidente da Sociedade Brasileira de Análises Clínicas


Mas apesar da promessa de eficiência e inovação, a implementação da IA em laboratórios - como aliás, em tudo mais - requer supervisão humana atenta e compreensão das suas limitações, para assegurar que os valores de reputação e confiabilidade sejam mantidos a longo prazo, especialmente quando abrange áreas como o jurídico, o marketing e a produção de conteúdos. 



Especialmente para a área jurídica, vale destacar o desafio permanente de garantir que as soluções de IA estejam em conformidade com as leis e regulamentações, pois estas continuam evoluindo constantemente para se adaptar a essa nova realidade. Isso porque a IA apresenta uma habilidade incomparável para a criação de textos e materiais que parecem bastante efetivos, mas  ainda não consegue dispensar a interpretação e o julgamento críticos dos profissionais da área, tão essencial em qualquer ação que envolve divulgação. 


Hoje contamos com algoritmos sofisticados, capazes de analisar extensos volumes de dados e identificar padrões de comportamento do consumidor, permitindo que gestores de laboratórios desenvolvam campanhas direcionadas, eficientes e econômicas. Mas é importante observar que, em alguns casos, os algoritmos possuem regras mais rígidas do que a própria legislação local, uma medida de segurança para abarcar normativas internacionais. E com isso, a inclusão de campanhas realizadas por inteligência artificial sem supervisão humana qualificada pode causar danos irreversíveis, como banimento das plataformas. 



Recentemente, aliás, a capacidade da IA para gerar textos e imagens através do Chat-GPT abriu novos horizontes para a criação de conteúdo. Se no contexto de laboratórios essa tecnologia pode ser uma valiosa aliada na rápida geração de conteúdo, cabe lembrar que a IA ainda luta para atingir a profundidade emocional e a autenticidade que emana da criação humana. E especialmente em campos como saúde e ciência, validação humana é indispensável para garantir a precisão e relevância do conteúdo gerado pela IA.



A inteligência Artificial é capaz de criar textos e imagens, de acordo com o solicitado pelo usuário.

A IA também pode falhar, sobretudo, em captar nuances culturais ou emocionais, nuances estas facilmente perceptíveis para nós, humanos, mas impossíveis de serem apreendidas por uma máquina, desprovida de subjetividade. E por tudo isso, é imprescindível que a IA seja continuamente monitorada e validada por profissionais, para assegurar sua precisão e prevenir vieses e informações equivocadas.


As questões éticas e de privacidade que acompanham a crescente utilização da IA também são preocupações relevantes. Na saúde, a gestão de dados sensíveis dos pacientes exige rigorosas medidas de segurança e conformidade ética, destacando a importância da implementação e vigilância da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). E a IA  ainda enfrenta limitações no que se refere à privacidade e à capacidade de tomar decisões éticas, necessitando da supervisão e intervenção humana.


A Inteligência Artificial não garante que os documentos criados tenham validade legal.


Em resumo, a inteligência artificial abre um leque de possibilidades, desde otimizar estratégias de marketing até promover avanços significativos em medicina e direito. Mas abordar a IA com uma mistura de entusiasmo e cautela é fundamental, reconhecendo suas potencialidades e limitações. A IA é, sem dúvida, uma ferramenta poderosa que pode ampliar nossas capacidades. No entanto, ela não substitui o julgamento, a criatividade e a empatia humanos. E para os gestores de laboratórios, o desafio é utilizá-la como um complemento às suas habilidades e conhecimentos, garantindo que a tecnologia seja aplicada de forma responsável e ética.


E você, como está se preparando para integrar a inteligência artificial em suas estratégias?


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