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Como Não Tratar os seus Funcionários Produtivos


Quem nunca ouviu a frase “vassoura nova varre bem”, quando um novo colaborador eficiente ingressa na empresa? E, depois de um tempo, percebeu este mesmo funcionário se desmotivar, igualando o seu nível de produtividade aos demais colaboradores? Esse tipo de situação é comum, e sua origem pode ser decorrente de uma sequência de ações equivocadas por parte da gestão, assunto que trataremos na pauta de hoje.

Primeiro equívoco: confundir produtividade com o número de horas trabalhadas

Para começar, é importante entender que o funcionário produtivo nem sempre é aquele que passa mais tempo desempenhando as mesmas funções, mas aquele que resolve as suas tarefas em menos tempo e faz com que a “linha de produção” laboratorial final seja mais rápida. Por exemplo, se você tem dois funcionários (mais antigos) que demoram, em torno de 8 horas, para conferir 100 faturas, e um outro (mais novo) que confere 100 faturas em menos de 4 horas, e depois passa o resto do dia no facebook, o seu funcionário mais produtivo será aquele que confere 100 faturas em 4 horas, mesmo que, em parte do tempo, não esteja trabalhando em funções pertinentes ao laboratório.

Vejamos algumas características dos funcionários produtivos, para que você consiga identificá-los mais facilmente:

- Possuem perfil de liderança ou são considerados líderes pelos demais;

- São autocríticos e se aprimoram constantemente;

- São flexíveis e desempenham mais de uma função;

- Sabem exatamente como fazer o próprio trabalho;

- Têm uma boa relação com a gestão: trazem soluções em vez de mais problemas;

- Trabalham mais relaxados e são positivos;

- Fazem dos objetivos da organização os seus próprios objetivos;

- Organizam, otimizam e gerenciam bem o tempo.

Segundo equívoco: remunerar o funcionário produtivo com mais trabalho

Retomemos o exemplo dos três faturistas, os dois que conferem 100 faturas em um período de 8 horas, e o que confere 100 faturas na metade do tempo. Confrontar-se com esse cenário pode levar muitos gestores ao primeiro equívoco gerencial: criticar o funcionário produtivo por ficar no facebook ao invés de ajudar o outro colaborador que leva mais tempo para desempenhar suas funções.

E por que isso é errado? Se você paga o seu funcionário por hora, significa que ele deve desempenhar tarefas para o laboratório durante todo o horário de trabalho, não é mesmo?

Se você pensa assim, temos uma má notícia: você acabou de ensinar ao seu melhor faturista que terminar as tarefas antes do esperado só vai levá-lo a conseguir mais trabalho, sem ganhar nenhum adicional por isso.

É preciso ter uma mente aberta para considerar que o fato de os dois faturistas levarem 8 horas para conferir 100 faturas não significa que ambos estão atribulados de trabalho, mas que essa pode ser a produtividade “normal” da rotina de conferência de faturas; além disso, podemos considerar também que os dois funcionários, que são mais antigos, não conferem as faturas em menos tempo porque, possivelmente, já aprenderam que o gestor irá “remunerar” a sua produtividade com mais trabalho. Demorar mais tempo para desempenhar determinada função pode ser uma estratégia de muitos colaboradores para tentar “valorizar” o próprio esforço e mostrar serviço para a empresa.

Sendo assim, se você continuar reprimindo o funcionário novo e produtivo por descansar/relaxar após terminar as suas tarefas, provavelmente, ele vai aprender, como os faturistas mais antigos, que terminar 100 faturas em 8 horas, ao invés de 4, pode lhe trazer mais trabalho.

Terceiro equívoco: esperar dos funcionários o mesmo empenho que você (o dono) teria

Esperar que o faturista ocupe as 8 horas, conferindo 200 faturas sem ganhar um centavo a mais, porque você, no lugar dele, executaria o maior trabalho, é um erro. Você é o dono da empresa e é o maior beneficiário. É claro que se o negócio estiver num momento ruim, talvez você tenha que ajudar a pagar as contas do próprio bolso. No entanto, se, em um mês, o movimento crescer e, graças aos colaboradores produtivos, não houver um aumento de custo, o lucro será integralmente do dono do negócio. Isso não acontece com os funcionários: se eles trabalharem muito mais, não irão ganhar nada por isso. Portanto, é comum que você “dê o sangue” para que as coisas deem certo.

Com isso, não se pode esperar, e nem cobrar, o mesmo nível de dedicação, que você tem, dos seus funcionários, uma vez que eles não serão beneficiados financeiramente.

A decisão mais acertada

Punir o seu funcionário produtivo por descansar pode ensiná-lo a “mentir” sobre sua produtividade como os demais colaboradores. Cobrar dele o mesmo empenho que um dono de negócio teria pode acabar por sobrecarregá-lo, deixando-o desmotivado a ponto de querer se demitir. O que fazer então?

Se a intenção não é remunerar financeiramente o funcionário produtivo para que ele desempenhe outras tarefas no horário vago, defina metas de trabalho com o seu time e permita que, aqueles que terminarem o trabalho antes do previsto, usem o tempo como preferirem: seja para relaxar, adiantar trabalho do outro dia ou até mesmo sair mais cedo. Assim, você terá um funcionário mais honesto ao seu lado e tornará o clima da empresa mais leve e positivo.

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