É comum encontrarmos gestores centralizadores que tentam manter o controle de todos os processos e tomar todas as decisões. Fazer tudo por conta própria pode ser um grande erro, e, por isso, contar com o apoio de uma gestão intermediária pode ser uma saída para a sobrecarga de trabalho e a correção de processos ineficientes que atrapalham a rotina do laboratório.
A gestão centralizadora: O apagador de incêndios Quando a gestão é centralizada tudo depende de uma pessoa para acontecer. Isso significa que se o gestor não puder comparecer ao laboratório por um motivo pessoal, processos e decisões cruciais podem acabar sendo postergadas, o que onera e prejudica o laboratório. Além disso, quem centraliza tudo em si dificilmente consegue tirar férias ou se afastar prolongadamente da rotina laboratorial sem afetar o laboratório. Nesse tipo de gestão, o foco dos colaboradores é na satisfação das necessidades do chefe, e não do cliente. Frequentemente os funcionários não resolvem os problemas sem consultarem o dono, pois têm medo de represálias se fizerem algo errado. Com o clima organizacional prejudicado, é comum encontrarmos desmotivação e rotatividade constante.
A gestão descentralizada: O motivador de equipes Ao contrário da gestão centralizadora, a descentralizada permite que os colaboradores tenham mais autonomia e resolvam os problemas de sua alçada, responsabilizando-se, é claro, pelas decisões tomadas. O papel do dono do laboratório, que neste caso é um líder, é promover uma relação baseada na confiança, onde os funcionários têm mais liberdade e se desenvolvem profissionalmente dentro do laboratório, e os responsáveis, em contrapartida, podem contar com profissionais mais dedicados. O foco dessa gestão não é repreender, mas oferecer subsídios para que os processos sejam melhorados e que os colaboradores possam aprender com seus erros.
Gestores Intermediários no Laboratório O gestor intermediário é alguém que, dentro da estrutura organizacional do laboratório, ocupa uma posição entre o topo (os donos) e a base (os colaboradores). Além de conseguir liderar os funcionários, este profissional normalmente conhece a fundo todos os processos do seu setor e pode conciliar a eficiência dos colaboradores com as necessidades da gestão. Esse “braço de apoio” comunga com os valores do laboratório e se importa em atingir as metas estratégicas tanto quanto o próprio dono. É um grande aliado na difícil tarefa de motivar funcionários e busca auxiliar na resolução de conflitos, trazendo um feedback importante para os donos do que pode estar acontecendo no ambiente interno e externo (quando lida diretamente com o cliente) do laboratório. Quando incentivados a buscarem por soluções, os gestores intermediários podem resolver problemas que antes eram postergados pela falta de tempo dos gestores acima deles.
Dicas para Descentralizar a Gestão com Sucesso
Escolha e treine gestores intermediários Ao escolher o seu (ou os seus — você pode ter um por área do laboratório, por exemplo) gestor intermediário, procure por características como liderança, comprometimento, respeito pela hierarquia do laboratório e empatia. Nunca procure por pessoas com tendência a terem menos habilidades do que você por medo de perder poder. Quanto mais eficiente e qualificada for a sua gestão intermediária, menos você precisará se envolver com questões simples e mais poderá se dedicar ao que interessa: a gestão do laboratório. Treine seus gestores pessoalmente e garanta que eles aprenderam devidamente a importância dos processos que irão ficar responsáveis. Eles terão dificuldades em repassar o trabalho para os demais colaboradores se não tiverem o conhecimento e as ferramentas adequadas para tanto.
Dê autonomia para a gestão intermediária resolver os problemas Não adianta selecionar, treinar e preparar um gestor intermediário para o seu laboratório e não lhe conceder poderes e nem autonomia para executar sua função. Outro fator importante é dar um pouco de espaço para que os seus gestores cometam erros. Ninguém é perfeito, e é melhor que seu gestor erre sob a sua supervisão e aprenda com você a fazer do jeito certo, do que ele tenha medo e oculte as falhas que forem surgindo.
Crie programas de treinamento e aprimoramento de processos Já que lida diretamente com os colaboradores, e entende bem os processos do laboratório, o gestor intermediário pode se tornar uma importante ferramenta de como aprimorar treinamento de colaboradores e processos dentro da rotina. Permita que ele auxilie você na construção dos programas de treinamento e aproxime-o da gestão de processos do seu laboratório. Faça reuniões periódicas e pergunte ao seu gestor o como ele enxerga a efetividade dos seus processos e peça sugestões de melhorias.
Faça reuniões de Feedback com Indicadores A análise de indicadores laboratoriais é a melhor forma de mensurar se o processo de implementação da gestão intermediária está funcionando. Se os números do laboratório estiverem melhorando, é porque as coisas estão no rumo certo. Já se algum indicador estagnar ou piorar não significa que o seu gestor necessariamente não está dando conta: pode ser que algum processo precise da sua atenção.
Reforce conquistas Quando alguém elogiar o laboratório, junte a equipe e comente o que ouviu. Todos são responsáveis pelo bom desempenho da rotina, e é importante para seus colaboradores que eles sejam valorizados quando acertam. Caso o laboratório consiga atingir uma meta difícil, comemore nem que seja com algumas palavras, mostrando que você percebeu o empenho de todos. Afinal, você não conseguiu essa conquista sozinho!
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