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Como Apresentar e Organizar Melhor o seu Laudo Laboratorial?


O laboratório é um prestador de serviços de saúde. Isso significa que o produto principal do laboratório é produzido ao mesmo tempo em que é consumido. O grande foco do serviço é atender às necessidades dos pacientes, executando a coleta dos materiais e a análise dos resultados.

O que muitas vezes é deixado de lado na experiência do paciente (e do médico), no entanto, é o laudo. O laudo é um dos “comprovantes” do serviço prestado, e uma das partes mais tangíveis do relacionamento com o laboratório. Por esse motivo, é imprescindível ter cuidado na apresentação e disposição das informações.

Vamos a algumas dicas de como deixar o seu laudo melhor apresentado:

1. Muitos elementos gráficos podem confundir e poluir a visão do laudo

Uma das formas de divulgar o laboratório é através do cabeçalho e rodapé do laudo laboratorial, que normalmente pode ser impresso em folhas timbradas personalizadas ou direto do próprio sistema de gestão. Por isso, muitos gestores aproveitam esse espaço para disporem a logomarca, informações de contato, endereços das unidades, prêmios, certificados de qualidade, etc.

No entanto, tome cuidado para não poluir demais a folha, o que deixa os dados do laboratório em mais evidência do que o laudo em si, ofuscando, assim, o que é mais importante do ponto de vista do médico e do cliente. É importante aproveitar esse momento para se divulgar, mas é preciso parcimônia: é importante existir “harmonia” na combinação dos elementos gráficos do laudo.

Por exemplo, se você vai por a logo no cabeçalho e uma marca d'água, não precisa por mais uma logo no rodapé. Se você possui 10 unidades de coleta, talvez não haja espaço para colocar todas elas. Prefira deixar os dados de contato e o seu site em evidência e os selos de qualidade, que fazem parte dos seus diferenciais.

2. Padronize suas informações

É importante que o laudo tenha um padrão, ou seja, que todos os exames sejam dispostos de maneiras similares, sempre que possível.

Por exemplo:

- Use a mesma fonte para todos os nomes de exames;

- Use a mesma fonte e tamanho de fonte para as demais informações do laudo;

- Se for dar ênfase para o resultado em um dos exames, também dê ênfase nos demais;

- Mantenha a mesma disposição das informações: se o valor de referência ficar no canto direito, abaixo do resultado do exame, tente manter todos os demais exames com a mesma posição para os demais exames. No caso de exames especiais, em que isso não é possível, faça o possível para dar preferência para deixar o resultado e o valor de referência em evidência.

Se cada exame for apresentado de uma forma, pode ficar difícil para o médico analisar o conjunto de informações.

3. Resultados Anteriores são importantes

Deixar um espaço para os últimos resultados de exames do paciente (quando houver) pode ser interessante por vários motivos. O primeiro deles é que o paciente fica mais propício à voltar no laboratório sabendo que o histórico de seus últimos exames vai aparecer para o médico, e o médico pode ficar mais confiante em relação ao laboratório se houver a possibilidade de uma análise evolutiva do quadro de saúde do paciente.

4. Prefira o uso de termos técnicos que não comprometam o laboratório

Em nossa matéria com o Dr. Daniel Silveira, assessor jurídico da SBAC, ele comenta sobre o uso de termos como “Positivo” ou “Negativo” e “Repetido e Confirmado” em laudos, para evitar interpretações leigas e problemas jurídicos:

“Normalmente quando fica provado no processo que o próprio paciente interpretou o exame e não um profissional habilitado para tal, exclui-se o dever de indenizar, mas expressões como positivo ou negativo, repetido e confirmado, não devem ser utilizadas. Devem-se utilizar informações mais técnicas como reagente ou não reagente, e diante de resultados com alterações importantes observações como Resultado avaliado e aprovado pelo Controle de Qualidade, ou, havendo incompatibilidade clínica, é altamente recomendável a confirmação deste resultado em nova amostra.”

(para ler a pauta completa, clique aqui)

5. Como ordenar exames?

Dúvida constante em nossas sugestões de pauta, o tema de como ordenar os exames ainda é uma dúvida constante entre os profissionais: até mesmo para os mais qualificados. No entanto, perguntamos para alguns profissionais de referência da área e encontramos algumas regras consensuais de como organizar o laudo.

Vale salientar que a melhor conduta a ser tomada é perguntar para os médicos da sua região como você poderia apresentar e ordenar melhor os seus exames. Cada região pode ter uma particularidade a ser atendida, e mudar a sua forma de trabalho sem consultar antes os interessados pode ser prejudicial para a sua imagem. São os médicos que fazem a leitura dos exames; a voz deles é muito importante nisso.

Todos as sugestões citadas nesse não são uma obrigação, mas sim uma sugestão de uso. Não nos responsabilizamos pelas informações aqui disponibilizadas!

Ordenar os exames por setores laboratoriais

Cada setor tem uma finalidade, portanto ordenar os exames pelos seus setores pode ser um interessante ponto de partida para organizar as informações. A hematologia, por exemplo, costuma ser a primeira colocada, com o hemograma (quando solicitado) no topo da lista. Há um fundo de lógica nisso: como o exame hemograma é um panorama geral da saúde, nada melhor do que começar com ele! Assim, o médico já tem um norte do que esperar dos próximos exames solicitados.

Aqui vai uma ordem “consensual” de setores laboratoriais. Cada região, e até mesmo laboratórios dentro da mesma cidade, organizam seus setores da forma que lhes é pertinente:

HEMATOLOGIA

BIOQUÍMICA

IMUNOLOGIA

ENDOCRINOLOGIA/Hormônios

URINÁLISE

MICROBIOLOGIA

MICOLOGIA

PARASITOLOGIA

Ordenar os exames por correlações/funções semelhantes

Depois da organização por setor (o que não é uma regra, vale salientar), você pode organizar os exames por funções/correlações semelhantes entre si que, quando olhados em conjunto, permitem um diagnóstico mais completo do problema.

Por exemplo:

Função Cardíaca: Colesterol, Frações do Colesterol, Triglicerídeos, etc;

Função Renal: Ureia, Creatinina, Ácido úrico, etc.

Ordenar os exames dessa forma pode permitir que o médico consiga correlacionar os exames mais facilmente durante a análise. Esse diferencial pode ser prejudicado se você organizar os exames por ordem alfabética, por exemplo.

E você, como tem organizado seus exames?

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Essa matéria conta com o apoio técnico de:

Dr. Irineu Grinberg

Ex-presidente da SBAC

Diretor de Lab-Farm Consult

Contato: irineugrinberg@gmail.com

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