Colaboradores que não respeitam a autoridade e nem seguem o que é especificado em reuniões, equipe desmotivada e nada participativa, pouco rendimento na produção e nos resultados: esses podem ser sinais de que a sua gestão pode estar precisando de uma renovação.
Você já parou para pensar se é um chefe ou um líder?
Para começar, vamos analisar a diferença etimológica das palavras “poder” e “autoridade”, segundo o famoso sociólogo Max Weber:
Poder: poder significa toda probabilidade de impor a vontade numa relação social, mesmo contra resistências, seja qual for o fundamento dessa probabilidade. Ou seja, o poder pode ser a coação de um indivíduo a realizar alguma tarefa devido ao seu cargo ou força física, mesmo que este indivíduo não o quisesse.
Já a Autoridade, é a capacidade na qual você é capaz de convencer as pessoas a fazerem de boa vontade o que você gostaria, por conta da sua influência pessoal.
E agora, você sabe dizer qual a diferença entre o chefe e o líder?
Chefe: É temido, autoritário, inflexível e impõe ordens. Do seu ponto de vista, os funcionários são subordinados e devem obedecê-lo, já que o mesmo costuma acreditar que está correto na maioria das vezes. Não costuma lidar com feedbacks e nem é a pessoa preferida dos funcionários para trocar uma ideia e solucionar um problema. O chefe tem poder.
Líder: É respeitado, conduz as pessoas, percebe e reconhece um erro, e procura sempre inspirar seus colaboradores. O líder não pensa apenas no resultado, mas também no lado humano/sentimental, pois sabe que sua equipe (e não subordinados) deve se sentir à vontade e estar bem orientada para concluir as metas. Os colaboradores sempre querem aprender mais com o líder, que detém autoridade.
E qual seria o maior erro do chefe?
Pensar que a equipe não precisa de motivação, e todos não fazem nada além da sua obrigação.
É comum encontrarmos pessoas que acham que apenas executar uma determinada função é o suficiente para motivar o colaborador, ou, ainda, consideram que o medo de perder o emprego é um fator motivacional válido. Mas isso é um erro grave. As pessoas precisam mais do que apenas a segurança de que irão receber o salário no mês seguinte.
Uma das teorias que estuda a motivação de um indivíduo, a pirâmide de Maslow, indica que toda a ação realizada por um ser humano parte de uma (ou várias) necessidades, que figuram dentro de cinco grupos de necessidades: fisiológicas (comer, beber, sono, etc), de segurança (estabilidade financeira, proteção, etc), sociais (ter amigos, trocar carinho), de estima (ser reconhecido, se respeitado) e de auto-realização (crescimento pessoal, realizar sonhos, etc).
Se você parar para pensar, podemos “visualizar” a pirâmide de Maslow dentro do próprio ambiente de trabalho: necessidades fisiólogicas (a infraestrutura mínima para se trabalhar, salário justo), de segurança (conferir a segurança física e emocional ao indivíduo, plano de carreiras, benefícios adicionais), sociais (melhor condução da equipe, com comunicação mais clara e objetiva, evitando fofocas e desentendimentos), de estima (ter o trabalho reconhecido pelos superiores e seus colegas, verbalmente e financeiros) e auto-realização (sentir que faz parte de algo maior, e não apenas um trabalho desempenhado dentro da organização).
Fica mais claro perceber que motivar funcionários é muito mais complexo do que apenas desempenhar uma função, e também como motivar é imprescindível para garantir uma equipe mais feliz, satisfeita e produtiva.
No entanto, apenas motivar também não é o suficiente para liderar. Para tanto, preparamos uma lista com algumas ações que podem auxiliá-lo a se tornar um bom líder!
Como se transformar em um líder
Ser um bom líder exige experiência para definir as melhores soluções de maneira rápida e espontânea. Quanto mais decisões ele toma, mais se torna imune à pressão e intuitivo em elaborar estratégias. Saber liderar é saber encontrar um equilíbrio entre capital humano e processos bem definidos. Confira alguns tópicos que podem ajudar você a ser um líder:
Seja uma pessoa que gosta de pessoas
Talvez a maior capacidade de um líder seja o relacionamento. É preciso conectar todas as pessoas do laboratório para trabalharem em um objetivo em comum, e isso envolve saber lidar com diferentes personalidades, opiniões e histórias de vida. Se interessar pela história dos seus colaboradores pode ajudar você a se conectar com o que é importante para eles.
Mostre a sua visão do laboratório
É difícil liderar um time rumo ao sucesso se você não acredita no seu laboratório. Você deve ser o primeiro a defender a ideia de que trabalhar no laboratório vale a pena. Mostre a todos os colaboradores como o laboratório desempenha um papel fundamental para a comunidade, e que trabalha para melhorar a vida das pessoas.
Seja um bom observador
O gestor laboratorial deve mapear a forma como seus colaboradores trabalham, tentando não interferir na sua rotina o tempo todo. Sabendo como cada colaborador lida com a responsabilidade pelas funções designadas, e como ele reage a situações que fogem da normalidade, é possível aumentar a confiança na equipe, e obter melhores resultados para o clima do laboratório.
Seja flexível
Os chefes são severos em seu estilo de gerenciamento, mas um líder valoriza a diversidade da força de trabalho. Não se pode cobrar da mesma forma duas pessoas diferentes, sabendo que ambas podem produzir o mesmo resultado trabalhando de forma diversificada.
Orientação, ao invés de controle
Os líderes reconhecem que a equipe conseguirá grandes coisas se receberem orientação e incentivo para que formem suas estruturas de trabalho. Ofereça suporte durante todo o processo, deixando poder de decisão para a sua equipe realizar as tarefas. Muito mais importante do que escrever as “regras de trabalho”, é dar orientação para melhor adaptação às situações que fogem do padrão.
Se adapte
Não adianta ser extremamente rígido quando você quer que as coisas sejam feitas. É preciso se adaptar a forma de cada membro do time, sabendo identificar os que precisam de mais controle, e os que precisam trabalhar de forma mais livre. É importante salientar para o colaborador o porquê você acha que ele é a pessoa certa para a função que você o designou, além de alinhar as expectativas do retorno esperado em cada tarefa.
Divida os créditos
Mesmo que você tenha coordenado ou financiado grande parte de um resultado, é importante nomear quem o ajudou a chegar até a vitória. Um líder não deve ter ego, pelo contrário, ele vibra com as realizações da equipe. Um líder fornece reconhecimento onde deve e se responsabiliza por eventuais falhas.
Pratique a tolerância ao risco
Os melhores sucessos ocorrem quando se aceita a possibilidade de errar. Os riscos são aceitos pelos líderes, que permitem e impulsionam suas equipes para desenvolver novas abordagens, dando chance para que os colaboradores formulem melhorias em seus processos.
Seja ativo no laboratório
Não chegue dando ordens por e-mail, telefone, whatsapp, e outros meios de cobrança. Você deve implantar no seu laboratório um sentimento de confidência, onde os colaboradores sabem que você está trabalhando para o laboratório, e buscam auxiliar você a atingir seus objetivos. O dono de laboratório que aparece apenas para mandar tem grandes chances de fracassar. Ser um chefe é fácil. Basta contratar alguém e mandar ele fazer as coisas para você. O processo de se tornar líder necessita maturidade emocional, acreditar nas outras pessoas, e muitas vezes deixar o ego de lado. Nem todos os donos de laboratório conseguem liderar. Se você quer se transformar em um líder de verdade, você deve buscar entender melhor como lidar com o capital humano do seu laboratório.
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