Não é (só) o preço. É o que vem antes dele.
- Alexandre Jordana

- 27 de jul.
- 2 min de leitura

A explicação mais recorrente nos laboratórios que estão perdendo pacientes é direta: “o outro cobra mais barato”. Parece simples. Parece lógico. Mas raramente é toda a verdade. Preço, na maioria das vezes, é apenas a última desculpa de um paciente que já não se sentia acolhido. A ponta do iceberg de uma experiência falha.
É natural que laboratórios tentem se defender dessa guerra silenciosa com políticas de desconto, facilidades no pagamento ou ações pontuais. Mas a pergunta que muitos gestores evitam fazer é outra: por que, exatamente, esse paciente não viu valor em ficar?
Pacientes não são máquinas de comparar tabelas. Eles avaliam sensações, escutam o tom de voz, observam a postura de quem os recebe. Se a recepção não sabe explicar um exame com clareza, ou se responde de forma impaciente, o vínculo se rompe antes mesmo do orçamento.
Não basta treinar uma equipe para responder perguntas. É preciso formá-la para criar confiança. Porque onde há confiança, o preço é apenas mais um fator, mas não o fator decisivo. É importante lembrar que o paciente, muitas vezes, não tem conhecimento técnico para avaliar qualidade laboratorial. Ele não entende a diferença entre um equipamento automatizado e uma análise manual. O que ele percebe, com nitidez, é se foi ouvido ou ignorado. Se sentiu segurança ou frieza. Se teve um atendimento humano ou burocrático. Isso é o que permanece. Isso é o que pesa na hora da escolha.
Muitos laboratórios que se queixam da “fuga de pacientes por preço” não conseguem responder, com objetividade, qual é a experiência real que estão oferecendo. Como está a postura da recepção? Há scripts padronizados? A equipe sabe explicar o exame com linguagem acessível? Há empatia no contato inicial? O paciente entende que está sendo bem orientado ou só sente que está sendo atendido no automático?
A perda de pacientes raramente começa na tabela de valores. Ela começa na porta de entrada. Começa no olhar apressado, na informação mal dada, no silêncio entre uma pergunta e outra. Começa quando o paciente percebe que está sendo tratado como mais um.
O discurso da “concorrência desleal pelo preço” pode até aliviar a consciência por um tempo. Mas não resolve o problema. Porque o laboratório que cresce não é o que sempre cobra menos. É o que entrega mais valor percebido, e isso começa pelo atendimento.
É hora de inverter a lógica. Antes de justificar a perda pelo valor do exame, é preciso avaliar o valor da experiência que está sendo entregue. A verdadeira concorrência, na maioria das vezes, não está na tabela. Está na forma como cada laboratório trata seu paciente (ou deixa de tratar).
Para conhecer o nosso Método Aceleralab de Vendas, que oferece subsídios para a equipe atender melhor, envie uma mensagem por whatsapp clicando no botão abaixo! Para receber mais notícias como essa, acesse nosso grupo VIP.













Comentários