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Laboratórios que apagam incêndios não crescem. Só sobrevivem.

  • Foto do escritor: Alexandre Jordana
    Alexandre Jordana
  • 6 de out.
  • 2 min de leitura
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Um erro comum em laboratórios de pequeno e médio porte é acreditar que “gestão” é aquilo que se faz quando o problema já está instalado. Quando a agenda estoura. Quando o prazo vence. Quando o paciente reclama. Quando o faturamento cai. Aí sim o gestor para, respira fundo e tenta reorganizar a casa. Mas gestão não é apagar incêndio. Isso é sobrevivência.


E o custo de viver nesse modo reativo é alto. Gasta-se mais tempo corrigindo do que prevenindo. Toma-se decisões no impulso, e não na análise. A equipe perde confiança, o padrão de qualidade oscila e o gestor se esgota física e mentalmente.


A gestão de um laboratório que busca crescer com consistência precisa ser construída com a mesma lógica com que se organiza um exame de qualidade: com rotina, controle e repetição. Não há espaço para improviso quando se lida com dezenas de pacientes por dia, dezenas de processos simultâneos, legislações complexas e uma equipe multidisciplinar. Sem rotina, tudo vira urgência. E quando tudo é urgente, nada evolui.


O laboratório que atua sem calendário gerencial definido vive em alerta constante. É como um corpo operando sob estresse crônico: pode até resistir por um tempo, mas logo começa a adoecer.


A solução? Implementar um ritmo. Criar uma cadência. Definir um fluxo mínimo de gestão, e cumprir, antes que o problema apareça.


Não é complexo. Mas exige constância. Algo como:


  • Segunda-feira: reunião de equipe com pauta definida, metas da semana, avisos e reforço da cultura.

  • Quarta-feira: revisão de processos, análise de indicadores operacionais, gargalos e melhorias de fluxo.

  • Sexta-feira: feedbacks individuais ou em pequenos grupos, com foco em comportamento, desempenho e escuta ativa.


Esses três pontos, repetidos semanalmente, podem mudar completamente a curva de maturidade de um laboratório. Porque reduzem o improviso. Diminuem ruídos. Criam pontos de contato regulares entre gestão e equipe. E, principalmente, deixam de tratar sintomas para começar a trabalhar na causa dos problemas.


Em laboratórios bem geridos, nada acontece “quando dá tempo”. Tudo tem dia, hora e objetivo. A previsibilidade gera segurança para a equipe, e segurança gera performance. Processos não precisam ser perfeitos, mas precisam ser previsíveis. A cultura nasce disso.


E a rotina não engessa. Pelo contrário: ela libera o gestor para pensar estrategicamente. Quando o básico está rodando bem, sobra tempo (e energia) para planejar, inovar, buscar parcerias, melhorar a comunicação, pensar no crescimento. Laboratórios que crescem sem rotina são exceções e não costumam durar.


O contrário também é verdadeiro: os que se tornam referência em sua região, geralmente, não são os que têm a fachada mais bonita ou o feed mais criativo. São os que têm reunião com pauta, indicadores atualizados, processos revisados e feedbacks dados na hora certa. Pode não parecer glamuroso, mas é isso que sustenta um time alinhado e um gestor com visão clara do que está funcionando e do que precisa mudar.


No fim, o que separa os laboratórios que crescem dos que apenas funcionam é a escolha entre viver no susto ou operar com método.

Quem apaga incêndio todo dia não constrói nada.Mas quem constrói rotina, evita que o fogo comece.

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