Quando os colaboradores estão engajados com o laboratório, não só eles são mais produtivos, como também conseguem-se níveis mais baixos de absenteísmo, diminuem-se as taxas de rotatividade da equipe, e o clima do laboratório passa a ser mais positivo. Por isso, falar sobre engajamento se torna imperativo para a perpetuidade do negócio. Na pauta de hoje, falaremos sobre como criar uma cultura onde os colaboradores se sintam tão envolvidos com o laboratório a ponto de se sentirem donos.
Transparência: o alicerce de qualquer estratégia
Para conseguir transformar a cultura em uma cultura de engajamento, a base fundamental é a transparência. Nenhum funcionário se sentirá bem se não se sentir seguro com o dia de amanhã, e os desafios que irá enfrentar nos próximos meses. Por isso, mesmo quando as coisas não estão indo tão bem no laboratório, é preciso abrir o jogo e falar abertamente sobre os desafios que se tem pela frente, para que não vire uma conversa de corredor feita de suposições e meias verdades.
É muito tentador deixar os problemas maiores para as discussões de diretoria e gerências, para que se divulgue apenas as coisas positivas. Mas esse “pensamento positivo” deixa seus colaboradores em posição de alerta, e acaba fazendo com que se crie uma cultura de ignorar problemas.
Escute os colaboradores
Escutar de verdade não é tarefa fácil. É preciso ouvir com atenção e, quando algo importante for colocado em pauta, é preciso se posicionar, e agir para resolver a situação, seja de conflito de interesses, sugestão de melhoria, ou até mesmo de problemas pessoais. Uma das melhores formas de facilitar as conversas sobre a empresa é o que algumas empresas chamam de “one-on-one” ou 1:1, que significa reunir-se regularmente com cada colaborador e conversar sobre o desempenho pessoal e do laboratório como um todo, e aproveitar para obter feedbacks sinceros.
Caso você não tenha uma cultura de conversar dessa forma com os colaboradores, crie o hábito aos poucos, pois nas primeiras vezes é comum que todos fiquem em posição de defesa: eles estão acostumados a serem chamados apenas em momentos de repreensão ou em casos delicados.
Envolva-os em Decisões Internas
Se você está pensando em mudar alguma coisa no laboratório para melhorar o ambiente de trabalho, envolver os colaboradores nessa decisão pode render bons frutos. Dê a liberdade para que eles ajudem a escolher o que deve ser feito de mudanças na recepção, área técnica ou até mesmo na experiência dos pacientes. Como seus colaboradores possuem muito mais vivência nas áreas específicas do laboratório, é possível que as sugestões sejam pautadas realmente nas dificuldades encontradas no dia-a-dia.
Autonomia para Resolução de problemas
Não dá para deixar com que todas as decisões do laboratório passam pela gerência: isso causa um sentimento de “o problema não é meu”, ou, ainda, de impotência dentro da função. Você não precisa aprovar a troca do fornecedor de água, a marca dos produtos de limpeza, ou outros tipos de decisões pífias. Concentre-se em orientar o que deve ser feito, e o porquê deve ser feito. Dessa forma, você garante os processos, mas não tem que se preocupar com as escolhas que levam a ele.
Para a recepção e demais áreas de atendimento ao cliente, é bom que você converse pessoalmente com cada colaborador para entender os problemas que ele enfrentou nos últimos dias, e como ele resolveu. Parabenize quando as decisões foram corretas, e oriente caso a resolução não tenha sido satisfatória. No entanto, não condene uma decisão errada quando ela foi feita com o objetivo de resolver um problema enfrentado.
Plano de Participação nos Resultados (PPR)
Uma das estratégias mais usadas em grandes empresas para estimular os funcionários a se sentirem parte do negócio é o Plano de Participação nos Resultados do negócio (PPR). O Plano deve ser elaborado e divulgado antes de ser posto em prática, atrelando as metas de cada setor às do laboratório como um todo. Assim, cada equipe sabe que se contribuir para o objetivo proposto, terá um benefício monetário.
Contudo, não é sempre que os colaboradores conseguem ter a visão mais ampla do laboratório: é comum que eles fiquem preocupados com os seus papéis específicos dentro do laboratório, e enquanto você se preocupa com o fluxo de caixa, eles se preocupam com a agilidade dos processos; enquanto você se preocupa com a cultura da empresa, eles se preocupam em manter o cliente satisfeito. Enquanto você se preocupa com o crescimento dos negócios, eles irão se preocupar com a contratação e o treinamento dos novos funcionários.
O retorno do engajamento
Um funcionário engajado é mais produtivo, custa menos e ainda contribui para uma cultura positiva no laboratório, que reflete na experiência do paciente e se espalha para outros colaboradores da empresa. Monitore como está o engajamento dos seus funcionários através de pesquisas internas, reuniões periódicas e pelos resultados de pesquisa de satisfação dos seus pacientes.
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